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Notícia

Aluna do campus de Botucatu conquista 3º lugar em dois Hackathons

14/08/2020
Vitoria Amaral se reuniu com outros estudantes e desenvolveu uma proposta para a empresa Mercado Livre e uma solução biotecnológica para auxiliar no contexto da pandemia de Covid-19  

Durante o periodo de isolamento social várias atividades tiveram que ser adaptadas ao formato online. Não foi diferente com as competições no formato Hackathon, maratona que reúne participantes de diferentes áreas para o desenvolvimento de uma solução inovadora em período de tempo reduzido. 

Vitória Amaral, aluna do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia do campus de Botucatu da Unesp, tem se aventurado em desafios como esse. A estudante destaca que, desde que ingressou na Universidade, participa de diversos projetos para aproveitar as oportunidades que o meio acadêmico oferece e ampliar sua bagagem teórica e prática. Ela já deu aulas no cursinho pré-vestibular comunitário do campus, participa de um projeto de Iniciação Científica relacionado ao vírus da dengue, faz parte da Liga Nacional dos Acadêmicos em Biotecnologia, atuando como Assessora de Comunicação Externa, é co-autora do projeto de extensão "Bioembalagens: uma alternativa sustentável" realizado pelo Instituto de Biociências, e recentemente criou o perfil @biotecemacao no Instagram para democratizar conhecimentos sobre sua área. "Eu sou muito feliz com tudo que faço, mas sentia que ainda faltava alguma coisa, uma experiência com foco mais empreendedor. Ao tomar contato com a divulgação de Hackathons, vi que era isso que eu estava procurando!", conta. 

Nos meses de junho, julho e agosto, Vitória obteve destaque em dois eventos com esse perfil: o Mega Hack 3.0, promovido pela startup Shawee;  e o Mimesis, realizado por especialistas da área de biotecnologia. 

 

 

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O MegaHack 3.0 foi uma jornada de 264 horas que ocorreu entre os dias 26 de junho e 14 de julho, contando com a participação de sete empresas, que levaram problemas reais para os mais de 5000 inscritos. Ao todo, foram cerca de 250 projetos desenvolvidos para solucionar os desafios do portal Mercado Livre, e um deles, que foi desenvolvido por Vitória, ficou em 3º lugar na competição.  

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A aluna Vitória Amaral.

A estudante conta: "Convidei mais duas amigas de classe, Carolina Carnetta e Samara Lima, e o time ficou completo quando conhecemos o Roberto e o Guilherme na própria plataforma do desafio. Juntos, entre as possibilidades disponíveis, escolhemos pensar em uma ideia para o Mercado Livre, que pedia que fosse desenvolvida uma proposta para melhorar a experiência de compra e venda, além de conectar mais as pessoas cadastradas na plataforma da empresa no período de isolamento social. Como solução, nós criamos a Melina, uma parceira virtual de compras acoplada à plataforma do Mercado Livre. Melina poderia auxiliar trazendo sugestões, avaliações, preços melhores e fretes mais baratos e rápidos ao usuário, além de contribuir no processo após a compra, contando ainda com um recurso maravilhoso de acessibilidade para deficientes visuais ou motores. Para o desenvolvimento do projeto separamos o time em: marketing, propaganda e desenvolvimento do pitch do projeto (parte em que eu fui responsável); engenharia e desenvolvimento da ideia (Carolina e Samara); desenvolvimento e programação do software (Roberto); e negócios (Guilherme)".

Ao longo das duas semanas de desafio a equipe se reuniu todos os dias para atualizar os próximos passos do projeto. Vitória pontua: "Quando combinamos essas reuniões, achei que seriam exageradas e sem necessidade, mas elas fizeram total diferença no resultado e no nosso entendimento como time! Além das reuniões, participávamos, no máximo a cada dois dias, de mentorias com profissionais especializados. Assim,  pudemos conversar com engenheiros e desenvolvedores do Mercado Livre, aprendemos um pouco mais sobre realização de pitchs com membros da empresa Sai do Papel, e nossas habilidades em programação foram refinadas com o grupo da Trybe!".

O terceiro lugar conquistado pelo time não rendeu nenhuma premiação, mas a aluna ressalta: "No meio de toda essa maratona, nenhum de nós pôde deixar de lado seus compromissos profissionais, acadêmicos ou até mesmo religiosos (um dos integrantes do nosso grupo não podia trabalhar ou estudar aos domingos), e mesmo com tais compromissos, tudo fluiu muito bem. Com o fim do Hackaton eu percebi que foi uma experiência da qual eu nunca tinha participado e não sabia quase nada sobre, e que, superando minhas expectativas, me apresentou um mundo totalmente novo. Infelizmente, no processo da graduação, acabamos deixando de lado desafios mais puxados ou corridos por conta do tempo e outros compromissos, além de acabarmos nos relacionando com pessoas que possuem mais afinidade conosco. Então, foi maravilhoso poder desenvolver um projeto tão rico e com tanto potencial com duas pessoas que eu nunca tinha trocado uma palavra na vida, e em tão pouco tempo".

Confira o podcast gravado sobre a experiência no Mega Hack 3.0 clicando AQUI 

A outra competição da qual Vitória participou, proposta na área de biotecnologia, trabalhava problemáticas como Câncer, COVID-19 e outros problemas da área da saúde de grande relevância epidemiológica. Esse desafio ocorreu entre os dias 31 de julho e 02 de agosto e rendeu o 3º lugar para a equipe de Vitória, composta por Samara Lima, Camila Costa , Layara Chuvukian e Maria Victória. As alunas desenvolveram um novo teste rápido para detecção da Covid-19, utilizando a tecnologia de um biossensor com pontos quânticos funcionalizados com anticorpos. Como prêmio pelo resultado as estudantes ganharam R$ 2.500,00, oportunidades de estágio em empresas de Biotecnologia, mentoria por 2 meses com acompanhamento digital pelo Sebrae Lab, e possibilidade de investimento no projeto. 

Diante de tanto aprendizado e de vários reconhecimentos, Vitória deixa um recado para outros estudantes da Unesp: "Aconselho você, que está lendo essa matéria, a procurar saber mais sobre Hackatons. Muitas vezes, eles são divulgados como desafios de programação voltados à área de Tecnologia da Informação, mas mesmo aqueles que não possuem essa competência têm muito a agregar em atividades como marketing, desenvolvimento de projetos, pesquisa, ideação, estruturação de negócios, entre outras possibilidades. Foram experiências muito enriquecedoras pra mim, e se você quiser conhecer, espero que elas sejam pra você também!". 

Atualmente, a Unesp de Botucatu está com inscrições gratuitas abertas para um Hackathon que ocorrerá entre os dias 19 e 20 de setembro no formato online. O evento contará com duas trilhas, uma na área Agro e a outra na área da saúde. Saiba mais e participe: https://www.hackathonunesp.com/

Autoras da matéria: Tainah Veras e Lídia Gomes.