Desde a década de 1960, a indústria de eletrônicos busca por displays flexíveis e substitutos do vidro em seus produtos. Uma das limitações em se utilizar o vidro está relacionada à dificuldade em se preparar dispositivos flexíveis/dobráveis, uma vez que os mesmos sofrem fraturas facilmente. Como alternativa, a utilização de polímeros como substratos para dispositivos opto-eletrônicos possibilita a obtenção de sistemas mais leves, flexíveis e portáteis, sem perder a transparência e resistência necessárias. Grande parte dos polímeros empregados hoje em dia são sintéticos ou derivados do petróleo, e requerem diversos tratamentos adicionais para gerar um substrato ideal e, na maioria das vezes, não são biocompatíveis e nem biodegradáveis. Atualmente, há uma grande demanda pela busca de componentes eletrônicos “verdes” ou seja, oriundos de fontes renováveis com alto potencial de reciclagem.
Materiais com alto grau de transparência, flexibilidade e biocompatibilidade, obtidos a partir de matriz orgânica renovável e componentes inorgânicos. A tecnologia apresenta benefícios como: Transparência de 80 a 90% (550nm); Flexibilidade; Biodegradável (reduz impacto ambiental);biocompatível (pode ser utilizado em aplicações médicas); Construção de membrana “layer by layer”; Resistente a temperaturas de 30 – 250ºC (perda de 20% de massa); Baixa difusão de O2 (28mL/m²/dia); Resistência mecânica (tensão máxima 116MPa; elongação de 2,5%).