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Inovação Social

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE BAIXO CUSTO ENRIQUECIDOS COM MACROALGAS MARINHAS 

A AGÊNCIA UNESP DE INOVAÇÃO reconhece a presente inovação de natureza: Produção Tecnológica, do tipo: Desenvolvimento de Técnica, outorgada aos seus titulares como uma propriedade da invenção caracterizada como INOVAÇÃO SOCIAL, garantindo os direitos dela decorrentes, previstos na legislação em vigor.

 

Número do Depósito AUIN:  20AUIN053

 

Título: PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE BAIXO CUSTO ENRIQUECIDOS COM MACROALGAS MARINHAS CONTENDO MATÉRIAS PRIMAS REGIONAIS DA MATA ATLÂNTICA

 

Título: Levi Pompermayer Machado1, Beatriz Soares Heitzman1, Camila Mancio Morais1, Thiago Dias Trombeta2, Guilherme Wolff Bueno1, Dariane Beatriz Schoffen Enke1

 

Filiação: 1Universidade Estadual Paulista (Unesp), Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp); 2Universidade de Brasília (UnB);

 

Expedida em: 22 de outubro de 2020.

 

Implementado em âmbito: (   ) Local    (  ) Estadual   ( X ) Nacional

 

Resumo da Inovação Social: As macroalgas marinhas representam um importante recurso alimentar, sendo intensamente produzidas ou extraídas gerando mercado US$ 6 bilhões anualmente. No Brasil esse recurso ainda é subutilizado, mesmo com o extenso litoral e existência de espécies com potencial. Um dos problemas ocorre devido ao uso limitado desse recurso na culinária, fator que gera preconceito. Os produtos tecnológicos desenvolvidos seguem a abordagem de processar espécies nativas de macroalgas marinhas obtidos na região de Mata Atlântica no litoral sul do estado de São Paulo, que tenham potencial de produção na aquicultura e possam ser utilizados como matéria prima em alimentos regionais. Dessa forma, proporcionar a geração de novos produtos e recursos alimentícios e econômicos, com potencial aplicação tantos para diversificação de renda quanto para segurança alimentar de produtores e comunidades locais é o principal objetivo desta inovação social. Após o processamento adequado das macroalgas, visando conservar os atributos nutricionais, foram realizados testes para adequação de espécies a serem inseridas ao preparo em produtos tradicionais, submetendo-os em sequência a testes de aceitabilidade. Dentre as macroalgas nativas com potencial de produção foram selecionadas a Pyropia spirallis e Ulva lactuca conhecidas como nori e alface do mar respectivamente. As duas espécies crescem naturalmente em sistemas de produção de mexilhão (Perna perna) em comunidades tracionais. Apesar de possuírem uso culinário e excelentes características nutricionais, o material que crescia era encarado como rejeito ou descarte. As macroalgas foram então colhidas e processadas, com base numa série de estudos, e adicionadas secas na proporção de 150 gramas por quilo do produto durante o processo de produção artesanal de banana chips, salgado frito feito de finas tiras de banana verde, e bolo de roda, biscoito feito a base de polvilho e farinha de milho. Os produtos foram submetidos a testes sensoriais e de aceitabilidade, realizados com 250 pessoas com faixa etária de 15 a 70 anos, obtendo resultados positivos de 95% e 78% para a banana chips e bolo de roda respectivamente. Os resultados indicaram ainda que a os produtos desenvolvidos apresentavam ao final valores de proteínas e ácidos graxos (incluindo ômegas 3 e 6) sendo 15% superiores às suas versões tradicionais.

 

Aplicação em tecnologias sociais e bioeconomia:  As macroalgas são matérias primas disponíveis que ainda não apresentam valor agregado e com vasto conhecimento quanto aos efeitos benéficos do consumo. A introdução desse recurso na culinária regional amplia a chance de aceitabilidade juntamente com geração produtos mais nutritivos para uso local ou comercialização. Promovendo dessa forma alimentação saudável de baixo custo de fácil aplicação e diversificação de novos produtos.