Cientistas da Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas da Unesp em Dracena desenvolveram um método inovador para avaliar o sistema de raízes de mudas de eucalipto. A avaliação das raízes na fase de muda permite aos técnicos selecionarem as plantas com melhores indicativos de desenvolvimento, para a composição de viveiros comerciais mais lucrativos.
Atualmente, a eucaliptocultura corresponde a 72,7% do total de florestas plantadas no Brasil, sendo a opção de cultivo favorita dos agricultores que trabalham com viveiros florestais. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a preferência pela comercialização da planta ocorre devido a seu rápido crescimento, sua grande capacidade de adaptação e seu alto potencial econômico proporcionado pela utilização diversificada da madeira em setores como o de energia, o de celulose, o de serraria e o de farmácia.
As técnicas de avaliação da resistência e do desenvolvimento do eucalipto em fase de muda, porém, muitas vezes não correspondem à alta empregabilidade do material, tendo em vista que grande parte das metodologias existentes implicam em processos lentos, imprecisos e que exigem a deterioração das plantas para a verificação radicular.
Nesse contexto, a metodologia criada pelos pesquisadores da Unesp inova ao apresentar um sistema avaliativo que consiste na análise de imagens aéreas combinada ao uso de inteligência artificial - “Redes Neurais Artificiais”. A invenção permite que o processo de avaliação seja realizado de forma simplificada, precisa e ágil, através da análise dos pixels componentes das imagens captadas por meio de filmagens aéreas sobre os viveiros. Além dos indicativos de desenvolvimento das raízes de eucaliptos, o método auxilia na detecção de possíveis doenças presentes nas plantas.
Segundo o professor Dr. Rafael Simões Tomaz, responsável pela pesquisa junto ao estudante Victor Hugo Cruz, a utilização da metodologia proposta tem muitas outras aplicações além do processo da avaliação de enraizamento. “Estamos trabalhando no aprimoramento da metodologia por meio da implementação de algoritmos de visão computacional, visando aplicações científicas em outros nichos de atividades, principalmente, no reconhecimento de padrões em plantas, relativos à fitotoxicidade de produtos aplicados”, destaca Rafael. A inovação dos cientistas da Unesp foi patenteada e está disponível para contratação.
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