Algoritmo criado por pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu, calcula tempo médio de espera na fila por transplantes de rim, a maior demanda transplacentária do Brasil, segundo estudo da Universidade de Brasília.
A ferramenta algorítmica soluciona o antigo problema dos nefrologistas em estimar a data em que seus pacientes receberiam os órgão transplantados, tendo em vista que a organização da fila para transplante renal difere das demais por ser realizada com base na compatibilidade entre doadores e receptores, e não pela ordem de chegada.
Com a inovação promovida pelos cientistas da Unesp, a verificação do tempo de espera pode ser feita de forma gratuita na plataforma Keros, basta realizar o preenchimento de uma ficha informacional com dados sobre o estado de saúde e as características genéticas do paciente que está à espera do transplante.
A plataforma Keros foi desenvolvida com base em tecnologias de Inteligência Artificial e atualmente possui eficiência superior a 70%, o que garante aos nefrologistas maior previsibilidade sobre o período em que os pacientes permanecerão aguardando os transplantes e a possibilidade de que as indicações de tratamento sejam mais convenientes ao tempo de espera.
Em entrevista ao portal de notícias do Hospital das Clínicas, o Dr. Luis Gustavo Modelli de Andrade, um dos pesquisadores envolvidos na criação, destaca o caráter de amplo alcance da ferramenta. “O benefício se estende a todas as equipes de transplante do Estado de São Paulo, para o qual o modelo é válido”, salienta Luis Gustavo em sua fala ao portal HCFMB.
Além dos pesquisados da FMB e dos médicos do Hospital das Clínicas, a pesquisa promovida contou com a participação de médicos do Hospital Lefort e da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora