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Notícia

1o Lugar no International Genetically Engineered Machine Competition (iGEM 2018)

21/12/2018
+Empreendedorismo na Unesp! 

O grupo coordenado pela professora Danielle Pedrolli e os estudantes da equipe “iGEM Unesp Brazil”, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Química, em Araraquara/SP: Amanda Gracindo, Bruna Fernandes, Daniel Cozetto, Nathan Ribeiro, Mariana Mota, Paulo Freire e Victor de Jesus, dos cursos de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia; Natália Agostinis, de Engenharia Química; e Ana Paula Cardoso, Larissa Crispim e Nadine Venine, de Farmácia Bioquímica, conquistaram o melhor desempenho de uma equipe brasileira na International Genetically Engineered Machine Competition (iGEM 2018), realizado em Cambridge, Massachusetts, EUA. Eles conquistaram medalha de ouro pelo desempenho geral e o prêmio de Melhor Hardware, além de ficarem entre os 3 melhores times em outras duas categorias: "Best Part Collection" e "Education & Public Engagement". 316 times das principais universidades do mundo participaram do evento.

 

Durante o encontro na Reitoria, os estudantes falaram sobre a importância da participação no evento para a formação acadêmica de cada um. Segundo a professora da FCF/Araraquara e coordenadora do grupo, Danielle Pedrolli, o diálogo com o reitor e com os demais professores serviu para mostrar os resultados obtidos no iGEM. Ela também destacou a importância do apoio da Unesp, por meio do Convênio Unesp/Santander.

 

Juntos, pudemos visualizar quais políticas podem ser implementadas na Universidade para fazer com que esse tipo de iniciativa cresça ainda mais; não só na nossa unidade, mas nas outras também, e que mais alunos possam participar", declarou Pedrolli.

 

Isso evidencia a importância de avançarmos na direção da personalização curricular, bem como na inovação, de forma geral, dos projetos políticos pedagógicos dos nossos cursos de graduação, desafio que já está sendo abordado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd)”, expressou Valentini.

 

"Essa iniciativa será mantida nos próximos anos de gestão, quando teremos a oportunidade de receber outras equipes que se destaquem nas mais diversas competições científicas nacionais e internacionais. Isso faz parte de uma estratégia de aproximação da administração central com o segmento discente, na direção de estimular a retomada da sua participação nos órgãos colegiados centrais. Dentro da mesma estratégia, pretendemos implantar, também, uma agenda sistemática entre a administração central e representantes discentes, indicados pelos diretores e coordenadores executivos", explicou o reitor.

 

O iGEM Unesp Brazil foi criado para participar da iGEM.

 

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“O nosso grupo é composto por 17 pessoas, que participaram dessa competição com um projeto que visa o desenvolvimento de probióticos geneticamente modificados para o tratamento de doenças metabólicas”, explicou Nathan Ribeiro, do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia.

 

Probióticos são organismos vivos e quando ingeridos por uma pessoa podem trazer benefício para a microbiota intestinal. O termo, derivado do grego, significa "pró-vida". Já o oposto é antibiótico, "contra a vida".

 

“O nosso projeto consiste, basicamente, em fazer o cultivo de bactérias geneticamente modificadas para que possamos tratar doenças, como a diabetes, por exemplo. A perspectiva do público foi muito boa com relação ao projeto. Estamos todos muito esperançosos para que o projeto continue dando certo”, disse Nadine Venine, aluna de Farmácia Bioquímica.

 

Os estudantes desenvolveram um bioreator que é um tanque de fermentação para a produção de organismos vivos que pode ser utilizado para a produção de medicamentos ou reciclagem de resíduos.

“Esse reator foi construído com peças de silicone e de impressora 3D. Ele tem a capacidade de promover o crescimento de microorganismo probiótico, similarmente ao intestino humano, onde esses probióticos se desenvolvem, realizando o tratamento”, esclareceu Paulo Freire, aluno de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia.

 

Do mesmo curso que Paulo, Victor de Jesus assegurou que, na prática, o trabalho alcançou resultados em dois campos.

“O primeiro, tem a ver com o biorreator. Ele vai servir como protótipo para testar diversas aplicações de probióticos geneticamente modificados. O outro ponto é que ele desenvolve uma plataforma que dará para fazer testes de medicamentos para tratar diversas doenças que envolvem problemas do metabolismo que ainda não tem solução ou que a solução ainda não é disponível”, explanou De Jesus.

 

Já Mariana Mota, de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, enfatizou a satisfação de fazer parte do projeto e de como ele ampliou os próprios horizontes.

“Estar no iGEM Unesp Brazil trouxe habilidades que eu nunca pensei que ia ter, e colocar em prática tudo o que conseguimos aprender na faculdade é um novo horizonte. Conseguimos perceber que esse projeto, com certeza, torna a minha graduação muito melhor e a de todo mundo que faz parte desse grupo também”, ressaltou Mota.

 

“O que esse grupo e essa interdisciplinariedade conseguiu trazer para mim foi ter visão mais crítica sobre o meu curso, e perceber que posso, não só reproduzir coisas que outras pessoas de outros paises fazem, mas também posso criar tecnologia no Brasil, novos medicamentos e tratamentos. Essa nova gama de conhecimentos e essa junção de vários cursos é o futuro para a nossa universidade e para o nosso país. Esse conceito de conectar vários conhecimentos e diferentes cursos em prol de um projeto é uma ideia que está sendo disseminada. Qualquer um pode participar, trazer coisas novas para um projeto bacana, para construir algo grande, e não só ficar tudo dentro de cada caixinha. Eu espero que isso se espalhe”, salientou a estudante de Farmácia Bioquímica, Larissa Crispim.

 

A professora Danielle Pedrolli fez questão de lembrar que o troféu de Melhor Hardware da competição é resultado de muitíssimo trabalho, além de representar que a Unesp está formando bons alunos, que têm iniciativa, excelente formação e possibilidade de crescer e de criar coisas incríveis, como foi a concepção do biorreator. O que rendeu o primeiro lugar.

“Atividades desse tipo, desenvolvimento de projeto para participação em competição internacional, é uma oportunidade única para que os alunos possam integrar conhecimentos que aprendem durante os cursos que são oferecidos em nossa unidade. Trabalhar em um grupo diverso, cada um com uma formação diferente, cada um dando a sua contribuição de uma maneira diferente, amplia os horizontes que têm. Perceber também que eles têm a possibilidade de criar tecnologia de alto nível que poderá no futuro oferecer um tratamento revolucionário para pessoas portadoras de doenças, por exemplo, como foi o caso do nosso projeto, isso desenvolve nos alunos a capacidade de inovação, a percepção de tecnologia, para que integrem os conhecimentos que eles adquiriram nas disciplinas básicas dos cursos”, realçou Pedrolli.

 

A coordenadora do grupo encerrou a conversa com o Portal Unesp, ressaltando o fato de que essa atividade “promove nos alunos a tomada de iniciativa do aprendizado que pode ser até mais eficiente do que aquele obtido somente em sala de aula, que é, muitas vezes, passivo. Na atividade de participação da competição, o aluno é incitado a procurar e a desenvolver o conhecimento”, concluiu.